segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O triste caso Matrix

Muito longe de entrar na praxe tecnologia, ou o filme Matrix, gostaria de relatar o que acaba de me acontecer: resolvi, assim por acaso, visitar antigos portais que entraram no ar em meados dos anos 90 e tornaram-se épicos.
Os catarinenses sem dúvida ainda lembram da Matrix, dita como a melhor empresa prestadora de serviço de provedor de Internet do estado, com marca já consolidada. Lembram que até os melhores colunistas e as editorias dos maiores (não melhores) jornais publicavam e-mail com o domínio do provedor como seus (uma grande jogada não planejada ou planejada, talvez).
Faço a comparação entre as duas marcas.

Visite o site da Matrix Internet. Modificaram brutalmante a marca. A cor principal, se eu não me engano, era azul escuro com detalhes em amarelo; seu design, sem dúvida, fazia com que a marca se sobreviesse em meio a outras marcas. Bom, ganhou por 2 anos o Top of Mind de Santa Catarina!
A leitura que faço é a da que o posicionamento da Matrix pulou em contra mão, parou no tempo ao tentar inovar. Resolveram retirar o destaque que davam ao M e ao X. Uniformizaram a escrita, inserindo o símbolo de channel, os canais como chamávamos, do IRC (Internet Relay Chat) popularizados até o ano dois mil.

Observou bem?
Qual a primeira coisa que você associa quando olha para o site? Um site do tipo Mercado Livre? Ou uma Mala Direta? Esta é a prova mais clara que Incomunicação é poluição. Bom, tentaram montar um portal que tornou-se obsoleto com a criação do G1, R7 , (infelizes os exemplos devido a reprodução quase fiél de um a outro) e outros que utilizam a tecnologia web 2.0.
E não para por aí. Leia no site Ivox (especializado em opiniões populares) como a opinião popular ainda é importante?

Como seria possível a transformação de um império chamado Matrix Internet, de um grupo ainda mais imperial que não me recordo o nome (Amauri? Amaral?), cair, perder mercado após tentar expandir para todo o Brasil e após lançar-se em Miami? Onde, afinal, foi o erro da Matrix Internet?
Planejamento para o orçamento? Pressa na expansão de mercado? Falhas de criação? Problemas culturais da empresa que permite a "intromissão" de algum parente do presidente/dono nos trabalhos publicitários, falecimento de algum membro da diretoria? A falta de lobby e/ou representantes em órgãos de estudos da Internet?
O portal é abarrotado de anúncios, o que transparece um desespero por dinheiro. Remete diretamente a pagamentos de contas atrasadas e dívidas pesadas.

Fui assinante da Matrix Internet por três anos e lamento que a empresa, que tinha tudo pra se tornar uma Google da vida, esteja tão apagada no mercado.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Primeira Conferência de Comunicação, Brasília/DF

Segunda-feira passada começou a primeira Conferência de Comunicação, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Serão 4 dias de debate sobre produção e distribuição de informações jornalísticas e culturais no Brasil. Ontem, tivemos a abertura. Hoje, dará-se início aos grupos de trabalho.

Segundo o site do Jornal Nacional, "o fórum foi convocado pelo Governo Federal e conta com 1.684 delegados, 40% vindos da sociedade civil, 40% do empresariado e 20% do poder público. O JN informou que há 4 meses, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Associação Brasileira de Internet, a Associação Brasileira de TV por Assinatura, a Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Brasil, a Associação Nacional dos Editores de Revistas e a Associação Nacional de Jornais divulgaram uma nota conjunta em que expõem os motivos de terem decidido não participar da conferência. Lula, no entanto, criticou.

O portal Vermelho cobre o evento. Segundo o site, Hélio Costa foi vaiado. Leia o texto.

Se preferir, e tiver tempo, no site da conferência, dá pra assistir tudo, ao vivo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Emergentes dão dinheiro

Enquanto assistíamos a compra das Casas Bahia pelo Grupo Pão de Açúcar no mercado interno, no externo, assistimos ao anúncio da Volkswagen, que irá comprar 20% da Suzuki.

É... vida que segue.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A crise política no DF

Impressionante como a crise no governo do DF começa a afetar, ainda que timidamente, a economia em Brasília e no Distrito Federal. Com o envolvimento do governador, vice, secretários, assessores, deputados distritais, diretores e presidentes de empresas públicas, o prejudicado acaba sendo, como sempre, a massa, o povão que não é detentor de cargo público.


Arruda é uma planta conhecida como de poder medicinal poderoso. Arruda também se chama o governador do DF, que agora já possui 8 pedidos protocolados de impeachment. Apesar de o escândalo ter começado no governo Joaquim Roriz (foto), a bomba estourou no seu mandato. Não vou entrar no mérito político, mas apenas sugerir uma reflexão acerca das consequências das fraudes flagradas no GDF.


Paulo Octávio é, sem dúvida, o homem mais poderoso do DF. Existem histórias que locais de Brasília contam, dizendo que ele, Collor e uma gangue estupraram e mataram Ana Lídia. O nome da moça virou nome do Parque da Cidade, junto com o nome de Sara Kubischek. Isso, no entanto, não alterou em nada o poder de Paulo Octávio. Dono de shopping bacana, construtora, publicações periódicas, rede de televisão e outras participações, a apreensão fica agora com os funcionários das empresas do homem responsável por trazer o Cirque Du Soleil a capital federal, que ainda não sabem o rumo que as coisas vão tomar. É muito provável que nada aconteça, afinal, quando se tem poder, a "crise" pode passar sem deixar rastros.

Não só o Brasil, mas a capital do país precisa de uma limpeza ética nas organizações públicas para que o capital privado possa girar. Do contrário, continuaremos a ver uma diferença social gigantesca: Muitos ricos e muitos pobres.

Agora, mudando um pouco de assunto, eu adoraria ver o Dr. Cal Lightman interpretando os sinais de mentira na foto do Roriz mais acima.