sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011 vem aí!

Final de ano movimenta cidades, empresas e pessoas. É interessante observar essas movimentações que chegam a ser "sociais". As cidades recebem mais pessoas, as empresas planejam novos horizontes e oportunidades e as pessoas recebem visitas!

Mas a também o outro lado. Há cidades "abandonadas" por seus agentes políticos, empresas sem a menor sensibilidade com os stakeholders e pessoas que não se importam com os parentes que viajam apenas para ficar junto com os familiares.

É uma época interessante para analisar os blogs corporativos. A Locaweb, alvo de retaliações após um incidente virtual, traz em seu blog, na atualização do dia 30 de dezembro, qualquer desejos para seus clientes, mas sim, a capa da revista que acaba de chegar às bancas. E o McDonalds americano? Veja aqui se eles se importam com os seus desejos e sonhos para o próximo ano.

Aqui em Brasília, a moda sãos os blogs de quadra, onde pelo menos 36 moradores ficam sabendo das novidades da quadra e até de seu bloco. Alguns, infelizmente, há muito tempo abandonados, como é o caso deste (409 e 410 Norte).
este, na Asa Norte, também, atualizado com maior frequência, que guarda um caso curioso e bastante estranho. Este blog, do contrário da maioria dos blogs de quadra, desatualizados e abandonados, é atualmente vítima de uma empresa que fez por vontade própria, uma cópia de conteúdo do blog, redirecionado para um domínio ".com.br" as postagens, fotos e tudo o mais. Estranho, não? Pois é.
A empresa é "famosa" na Internet, e parece não ter escrúpulos para ganhar mercado, e o mais absurdo, prometendo "gasto zero". Essa ainda não deve saber o que é "investimento".

A falta de ética e a fome por exposição de imagem própria infelizmente não é dom exclusivo de um segmento da sociedade. Acontece com políticos, empresários e pessoas.
Estamos no século XXI, onde nossas premissas sociais estruturadas necessitam ser repensadas, reavaliadas, da mesma forma que ao início de uma gestão empresarial responsável financeiramente. O caminho não é atropelar outros ou praticar a indiferença, como na barbárie, mas tentar crescer juntos, buscar parcerias.
Esta mentalidade infelizmente é pouco praticada na Política de Comunicação das empresas, que não conversam, que não agem por um bem comum. Gestão participativa? Não sabem que bicho é esse e quando sabem, tremem de medo. Uma dica: tente adaptar sua Cultura. Mas desculpe, não devem saber o que é isso, nem como gerenciá-la.

Mas que este tipo de prática se torne apenas algo ultrapassado no ano que irá começar.

Que nossos objetivos sejam alcançados sem trapaças e caras amarradas em 2011. Que saibamos conversar, planejar, participar, conquistar com ética e moral sem praticar o lobby descarado. Não é mais necessário dizer que os fins justificam os meios, como Maquiavel, para chegar onde queremos. Que sejamos mais francos e abertos. O meu muito obrigado aos que me acompanham, aos seguidores do blog e aos colegas de profissão, jornalistas, publicitários e relações públicas.

Um ótimo 2011 para todos!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Um ótimo Natal a todos os companheiros de classe, imprensa e parceiros.
Que elevemos nosso pensamento em paz e harmonia conosco e com o próximo.

Que não deixemos de acreditar nos nossos sonhos e buscar sempre a concretização de tudo o que desejamos, sem deixar de lado o próximo, que trabalha ao nosso lado para dias melhores.

Que assim seja.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

IMPORTANTE

No final desta tarde, recebi uma ligação de uma repórter do O Globo, muito gentil, perguntando se eu conhecia a FMC Comunicação, presente na prestação de contas do Deputado Pedro Novais (PMDB-MA), próximo ministro do Turismo, do governo Dilma.

Gostaria de esclarecer que eu - ou meus serviços de comunicação -, nunca fui contactado pelo sr. Dep. Pedro Novais. Não o conheço pessoalmente e é muito possível que haja empresa homônima constando em sua prestação de contas, haja vista a diferença FMC Comunicação Empresarial.

Espero alertar os colegas da imprensa sobre possíveis equívocos.

Muito obrigado.

sábado, 27 de novembro de 2010

Oportunidades Cariocas


A guerra que se acompanha no Rio de Janeiro entre forças de Segurança e o crime organizado abre nossos olhos e atenção não só pela questão da segurança, mas pela oportunidade marcada.

Todo mundo sabe que a PM do Rio é incapaz de combater, sozinha, o problema do tráfico de drogas naquela localidade. Ainda mais pela figura das chamadas milícias, chefiadas por policiais corruptos, enfim. O Bope e as Forças Armadas são os que aguentam o tranco no final das contas.

A imprensa sensacionalista brasileira estampa o desespero de qualquer um que passe na rua, mesmo que só esteja de passagem. A internacional vai mais além evidenciando preocupação com a iminente Copa do Mundo de 2014, e Jogos Olímpicos de 2016.
Aí mora, então, a chance do governo do Rio de Janeiro em eliminar de vez a força das facções criminosas ou maquiar uma inidônia calmaria.

Nos Jogos Panamericanos houve a ocupação do Exército nas ruas, sem invasão nos "morros" exatamente para evitar o pânico. Mas agora o cenário é outro. Acabamos de sair de eleições. O atual governador precisa que as coisas se acalmem. Para isso, coloca autoridade e autoridade do estado para falar ao vivo em rede nacional pela TV Globo.


Ou seja, a tática usada para combater os traficantes precisa também ser igualmente aproveitada para não prejudicar a imagem do Rio de Janeiro perante os eventos que sem dúvida trarão o dinheiro do turismo além das datas. Caímos mais uma vez na questão da capacidade de planejamento e organização governamental. Mas dessa vez, um plenejamento estratégico de guerrilha.

Na última terça-feira, o programa A Liga, ao ar pela Bandeirantes mostrou a história e a vida dos moradores da Rocinha. Mostrou, inclusive, que há turismo em grupos com direito a guia turístico, pelas ruas da favela-bairro. Os gringos sentem ou tentam sentir como é estar em um lugar parecido com os quais o único contato é em filmes ou em notícias de violência registradas por câmeras, sempre em tons sensacionalistas. A experiência e as sensações é o que conta - e custa caro, porque este programa é de um hotel de luxo da zona Sul da cidade.

Talvez esta seja uma das ações que o governo do Rio precisa fazer para humanizar a cidade e talvez até melhorar essa imagem de que a violência predomina nos grandes centros. Para isso, antes, é necessário pacificar esses lugares e planejar. Afinal, o que os cariocas querem do Rio de Janeiro?

domingo, 24 de outubro de 2010

Chile x Oakley

Não houve outro assunto no mundo no último mês do que o resgate dos 33 mineiros chilenos presos em uma mina no deserto do Atacama, norte do Chile.

Este é um case de Comunicação que ainda irá virar vários artigos científicos e trabalhos de conclusão de curso de diversas áreas. Ressalto a quantidade de trabalhos pela quantidade de pontos de vista que o caso se apareceu.
Vai virar documentário exclusivo do Discovery Channel e ainda vem por aí livros e filme "enlatado" (segundo os boatos).

Pra começar, a mineradora decretou falência dias depois do desastre. O Chile viveu um sentimento patriota extremo, sempre havia uma bandeira do país. Os questionamentos sobre o estado psicológico dos mineiros - imagine ficar dois meses a 700 metros de profundidade em uma mina antiga sem ter certeza sequer se viverá. Governantes presentes querendo aparecer, empresas aproveitando a oportunidade para jogar marcas e mais marcas para o evento: Apple, Sony. Mas a Oakley colocou todos no chinelo. Todos!
Pois o que mais seria possível além de fazer com que, não um, mas todos os mineiros, dados como heróis nacionais, saíssem pela Fênix vestindo um óculos Oakley, modelo Radar? Leia aqui o que diz a página da Oakley.

Leia aqui um texto crítico e completíssimo sobre o fato.
Em inglês, é do Love Hate Advertising. Vale a pena ler!

E os mineiros? Querem apenas que haja mais respeito com a classe.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Redes sociais na Internet

Muito já se falou e se fala até hoje das Redes Sociais. O teórico Alvin Toffler previu o acontecimento em seu livro "A Terceira Onda" (leitura obrigatória a todos os estudantes de Comunicação). Hoje já é possível até consultar pesquisas de fontes confiabilíssimas e infográficos didáticos sobre o tema.

Há quem diga que no Brasil e no exterior, tudo começou com o Orkut no início dos anos 2.000. Ledo engano. Os não tão antigos e até atuais fóruns (de assuntos específicos ou não) podem ser também considerados redes sociais do final dos anos 90, embora inicialmente visto como passatempo infantil. Pra se ter ideia da seriedade da coisa, o Ibope lançou em maio deste ano ferramenta capaz de monitorar as redes sociais (leia aqui). E quando se fala nessas redes, não se refere apenas ao Orkut. Temos aí o Twitter, Facebook, Last.fm, Via6, Fotolog, Flickr, YouTube, Videolog, entre outros que surgem da noite para o dia, como o nacional e específico Direito.com.br. Pode se considerar também os próprios blogs que se modernizaram para que haja maior interação entre os leitores. E é aí que não se pode esquecer de Pierre Lévy, filósofo estudioso sobre a interação da Internet e a sociedade.

Mais uma vez, repito insistentemente, uma atenção maior ao aproveitamento da verba de Comunicação para as novas mídias, em especial para as redes sociais. Foi-se o tempo em que a melhor pesquisa era a feita com a sua diarista.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Instituições públicas: omissão e falta de interesse?

O caso do vazamento das informações fiscais da filha do candidato à presidência José Serra treme a já tremida imagem de algumas instituições públicas. Estas tornam-se um assunto delicadíssimo ao analisar estudos de caso e circunstâncias pela forma pragmática da influência política sobre elas.

É sabido dos tais pilares da administração pública, a impessoalidade. Talvez esteja aí o nó pela qual o receio de uma declaração de um órgão competentemente superior a Receita Federal quando percebida a iminência da obrigação em comunicar, diante das informações pipocando na imprensa. Ora, porque fere a chamada "política eleitoreira" da situação no rol governamental.

A Caixa Econômica Federal passou maus bocados diante do escândalo, em 2007, da denúncia de lavagem de dinheiro e possibilidade de manipulação de resultados da Mega Sena. Setenta e duas pessoas envolvidas. O trabalho de recuperação de imagem do banco de maior importância do Brasil foi de suar. As estratégias em casos como estes precisam ser cuidadosamente traçadas para que não entrem em conflito com as próprias ações que criaram a crise. O objetivo está em reconquistar credibilidade.
No caso da Receita, a questão está além dos fatos de quebra de sigilo fiscal, "piorizado" pela época político-eleitoreira. O ponto está na incerteza dos atos da instituição, da perda de credibilidade, da desconfiança em uma instituição que somos obrigados a confiar e prestar contas.

Fica a dica: em caso de instituições de proporções imensuráveis, a solução talvez não seja dar desculpas esfarrapadas para a imprensa como "... vazamentos sempre aconteceram..." ou apenas trabalhar para recuperar a boa imagem, mas esteja sim no entorno da compreensão e atitude dos analistas de comunicação dessas instituições, de traçarem um esqueleto da cultura organizacional e identificar problemas.

Fico mais assustado quando tento entender o perfil dos profissionais de comunicação trabalham no setor público: na maioria jornalistas, com seus egos ainda aflorados como nos velhos tempos de Redação, vivendo saudosismos.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Diversidade Corporativa

Eis um fabuloso texto de meu ex-professor, Wilson da Costa Bueno:

Comunicação Empresarial e Diversidade Corporativa

"Praticar a diversidade corporativa é uma questão de sobrevivência, tem tudo a ver com o negócio e, além disso, é uma exigência legal e dos novos tempos. Apesar disso, as empresas continuam afrontando a realidade e, com raras exceções, levam ao pé da letra o conceito, preferindo manipulá-lo, a exemplo do que fazem com os conceitos de responsabilidade social e sustentabilidade.

Para muitas empresas, a diversidade corporativa se reduz a um discurso hipócrita e que povoa suas campanhas institucionais, com a exibição de negros na propaganda e a sugestão de que as mulheres ocupam papel de destaque no organograma. Os bancos fazem isso, as empresas de cosméticos fazem isso, as mineradoras fazem isso e, afinal das contas, todo mundo faz isso buscando limpar a sua imagem.

A prática briga, no entanto, todos os dias com a teoria e as nossas empresas continuam privilegiando os homens brancos, seja em postos de comando ou mesmo na remuneração, colocando a mulher, os negros etc em segundo plano.

Mas é preciso ampliar ainda mais o conceito de diversidade corporativa, se quisermos entrar de vez na modernidade. O problema não se reduz apenas a preconceitos de gênero ou étnicos, mas ao fato de que a maioria das organizações pratica um conceito tosco, avesso ao mercado e às novas tendências.

Desta forma, preferem recrutar funcionários com um mesmo padrão, geralmente no caso brasileiro com um perfil identificado com a obediência ao chefe, com pouca disposição para o questionamento, aquele que segue à risca o ditado: quem pode, manda e obedece quem tem juízo. Ruim, não?

Não, é péssimo e as organizações modernas nem desconfiam o equívoco que cometem ao impedir que a verdadeira diversidade corporativa se manifeste internamente nas organizações.

Todas as empresas carecem de pessoas críticas e criativas, que enxergam os problemas e propõem soluções para resolvê-los; que estejam dispostas e capacitadas a ouvir e a atender às demandas dos clientes; que não aceitam imposições de chefias autoritárias e ousam desafiá-las; que sejam inovadoras e pensem em alternativas distintas das que têm sido adotadas; que tenham iniciativa e não permanecem reféns de ordens de serviço. As revoluções na ciência e na tecnologia não foram provocadas por aqueles que seguem os velhos paradigmas mas que ousaram enxergar e propor soluções inovadoras.

As empresas modernas não apenas proclamam, mas efetivamente constroem um processo de gestão de conhecimento autêntico, estendendo a participação para todos os níveis de sua estrutura, da alta administração aos colegas valorosos do chão de fábrica.

Não é isso que acontece, infelizmente, e chefias incompetentes, líderes de fachada, continuam acreditando que os insucessos internos e o degradado ambiente organizacional têm a ver com a ação dos sindicatos (cada vez mais pelegos no Brasil, com diretorias cooptadas por grandes organizações) e demonizam a Rádio Peão, como se fosse coisa do capeta para detonar as empresas. Não são capazes de perceber que a comunicação interna autoritária é quem atiça os boatos e deixa o clima interna irrespirável.

A diversidade corporativa não deve ser uma figura de retórica, algo que se insere no discurso institucional para fazer frente aos novos valores do mercado. Deve, essencialmente, fazer parte da estratégia, do plano diretor das organizações porque o mercado, a opinião pública (viva as redes sociais!) estão cada vez mais diversos, acomodando o pluralismo, a divergência, o choque de opiniões. Quem quiser sobreviver num mundo assim não pode se "fechar em copas", abrigando-se na autoridade (autoritarismo, é melhor) para silenciar os que pensam de maneira diferente.

Já vi executivos de alto escalão perderem a compostura, o rebolado, quando questionados em congressos por jovens independentes ou se enrolarem todo quando a pergunta de jornalistas em coletivas questiona sua fala arrogante e apenas adjetiva (falta substantivo, conteúdo na fala da maioria dos executivos brasileiros e eles adoram o auto-elogio).

Para desespero de muitos, acostumados ao uso do chicote com os públicos internos, não é possível demitir clientes, jornalistas, sindicalistas autênticos ou defensores do meio ambiente e eles literalmente se lambuzam quando confrontados em situações reais.

A prática da verdadeira diversidade corporativa ensinaria para todos eles que é melhor construir juntamente com os seus públicos de interesse (notadamente os públicos internos, massacrados em muitas organizações) do que tentar impor idéias, produtos que não funcionam, não têm o apoio da maioria ou de minorias organizadas e esclarecidas.

A diversidade corporativa incorpora a presença mais expressiva da mulher, dos negros no sistema de decisão das organizações, mas também implica abertura para a divergência, para o respeito a perfis diversos, para a aceitação de idéias que não vêm dos escalões superiores, para o respeito aos colegas que, sem título de doutor ou MBAs, muitos deles fajutos, podem contribuir imensamente para a melhoria dos processos e das relações nas empresas modernas.

Reportagem publicada no jornal Valor Econômico, de 22/03/2010, p. D10, sobre o tema indica também, na opinião do consultor Andrés Tapia, um peruano que é especialista em diversidade corporativa da Hewitt Associates, que faltam às empresas condições concretas para a efetiva prática da diversidade corporativa. Segundo ele, " o problema não é apenas ter sensibilidade e tolerância, mas de possuir as competências interculturais para gerenciar as diferenças".

As empresas têm receio e muitas chefias têm verdadeiro pavor de funcionários, clientes, jornalistas etc. que pensam de forma diferente e, se pudessem (felizmente não podem com todo mundo, embora assediem moralmente os seus funcionários) exigiriam que todos tivessem a mesma opinião (a das chefias naturalmente).

As redes sociais incorporam uma nova realidade, ao permitir que os cidadãos se manifestem, independentemente da ação de grupos de controle e da interferência das organizações que tudo têm feito para silenciar os que delas divergem. É a nova e necessária realidade e as empresas vão ter , cada vez mais, de conviver com ela.

Funcionários, particularmente os jovens e talentosos, não conviverão com chefias autoritárias e incompetentes, e tenderão a mudar de empresa quando o ambiente, o clima organizacional se mostrar poluído e as empresas gastarão, como vêm ocorrendo, fortunas para reter os seus principais talentos. Mesmo assim, muitas não conseguirão sucesso porque pessoas talentosas não gostam apenas de grana, mas de autonomia, de liberdade para pensar e agir.

O jogo está para ser jogado e ele inclui obediência restrita a um conceito moderno de diversidade corporativa.

As empresas vão ter que se adaptar aos novos tempos, queiram ou não queiram. Até lá, vão dar cabeçada pra burro, como a Vale com os sindicatos canadenses (lá não é como aqui e não é fácil cooptar "líderes sindicais") , como a Syngenta com os ambientalistas (está tentando de todo jeito fazer média sobretudo com os jornalistas, patrocinando tudo que pode para limpar a imagem nada limpa - agrotóxico é veneno, sabia? - da maior empresa agroquímica do mundo) e como a Monsanto, com sua postura transgênica e monopolística. A indústria da saúde acabará percebendo que suas estratégias de manipulação acabarão sendo desmascaradas e a indústria tabagista encontrará cada vez mais dificuldade para vender suas drogas (consideradas lícitas, infelizmente, mas mortais).

Diversidade corporativa não é brincadeira. Não se pode brincar com coisa séria. As empresas do presente e do futuro precisam definitivamente aprender essa lição. Mas elas insistem em fugir da escola e negar a realidade. Estão de costas para o futuro. Torço para que levem um formidável pontapé nos fundilhos."

terça-feira, 29 de junho de 2010

Ih, furou!

Estava preparando um texto gigantesco sobre comunicação em tempos de Copa. No meio da aventura, me deparei com o blog Erros de Marketing, do Mundo do Marketing. Meu texto já era.
No post do site há um top 5 de erros de campanhas para a Copa do Mundo, realizada na África do Sul.

Leia aqui.

Duas coisas que eu gostaria de acrescentar: a primeira é que nunca em história de copas houve tanta propaganda brasileira sacaneando argentinos. A segunda é que apenas Ronaldo (o Gordo) bateu Robinho como protagonista de campanhas publicitárias. Parenteses: em ações promocionais, há até sósia do jogador.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A culpa é da bola

Estive acompanhando o caso da bola da Copa do Mundo na África do Sul e observando, apenas. A Jabulani tem sido alvo de críticas e desprezos por grande parte dos jogadores do campeonato.
Da seleção brasileira, o goleiro Júlio César a chamou de "bola de supermercado"; o atacante Luis Fabiano disse que ela parecia "sobrenatural"; e o meio-campista Felipe Melo a comparou a uma mulher "patricinha".


A Adidas já se manifestou em defesa da chamada "gorduchinha", em matéria no jornal Folha de S. Paulo:

O argumento é de que a as seleções, que hoje reclamam, receberam a bola há muito tempo, justamente para poderem se adaptar. Além disso, segundo um porta-voz da Adidas, a Jabulani está sendo utilizada em campeonatos pelo mundo desde 2009, sem criar problema.

"A bola tem sido utilizada por meses. Nós começamos a usá-la em dezembro em uma grande variedade de ligas. Todas as respostas que tivemos têm sido positivas", afirmou o porta-voz da Adidas, Thomas van Schaik.

"Ainda por cima, nós a distribuímos para todos os participantes [da Copa do Mundo], para que eles pudessem se acostumar com a bola. Aparentemente, eles não tiraram vantagem disso, já que estamos recebendo essas críticas só agora. Sob essas circunstâncias, estou muito surpreso", acrescentou.


Dizem que, após falar mal da bola, Kaká teria tirado fotos beijando a bola da Copa, justamente por causa da Adidas, o patrocinador. Case interessante de se observar, visto que se dá sob um evento de repercussão mundial.

Enquanto isso, tudo fica no disse-não-disse...


segunda-feira, 31 de maio de 2010

De graça é mais gostoso

Já pensou em ir a uma loja e pegar o que quiser, sem pagar nada?
Esta é a proposta do Clube Amostra Grátis, inaugurado no último dia 11.
São alimentos, bebidas, beleza e saúde, casa, higiene pessoal, moda e acessórios, pet e publicações. Mas só entra quem for sócio. É uma espécie de clube onde o associado paga R$ 50 por boleto bancário ou cartão de crédito.

A iniciativa não é apenas "dar aos pobres", mas avaliar qualidades e defeitos dos produtos de forma espontânea, antes de um lançamento mercadológico.

O lugar fica na Vila Madalena, São Paulo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

30 anos do Pacman no Google

Quem visitou o Google entre a semana passada e esta semana, comentou e jogou o Pacman, jogo ícone pop de games que estava no espaço usualmente utilizado para o logotipo do Google, o "doodle".
Segundo o site Media Bistro, a ação de comemoração do 30º aniversário do game acarretou em cerca de 120 milhões de dólares em perda de produtividade e supostamente 4.8 milhões de horas desperdiçadas.
Bem como disse a minha ex-colega de faculdade Débora Schach, do Blue Bus, "só nao dá pra esquecer que funcionário feliz também rende mais".

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Como (não) lidar com crianças

Em nota escrita por uma ex-colega de faculdade no site Blue Bus, a interessante idéia de como devemos lidar com a imaginação e capacidade de fantasia das crianças. A história é que Harry Winsor, 8 anos, filho de CEO de uma agência de publicidade, enviou um desenho para sugestão de um novo modelo de aeronave para a Boeing.

Como resposta, recebeu uma carta:
"Como muitas empresas de grande porte, não aceitamos ideias não solicitadas. A experiência mostrou que a maioria das ideias já foi considerada por nossos engenheiros e podem ocorrer consequências imprevistas ao simplesmente aceitar essas sugestões"

A história foi parar no blog do pai de Harry, John.

A empresa, dando exemplo, prontamente publicou em seu twitter:
@BoeingAirplanes
A carta que o Sr. Winsor postou é, como ele disse, uma resposta necessária. Para as crianças, nós podemos fazer melhor. Trabalharemos nisto.

É uma pena observar que algumas empresas, em pleno 2010, quando se fala tanto em acessibilidade, em responsabilidade social e sustentabilidade, necessitam passar por episódios lamentáveis para prestar atenção em outras coisas além do próprio lucro em si.
Prevenir ainda é melhor que tentar consertar.
Acordemos, pois!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Converse All Star - parte 3

Para finalizar o case real da Converse All Star a respeito de um tênis que na primeira lavagem ficou completamente manchado, termina por aqui. Vamos aos fatos finais.

Depois de longa espera, a Converse enviou um tênis novo, conforme escolhido no site pela consumidora que acionou a empresa devido à falha.
O pacote chegou envolvido em papel pardo, nenhuma identificação do remetente. Apenas a identificação do destinatário. A única evidência de que se tratava do calçado era a caixa da Converse. O tênis chegou sem proteção alguma, em caixa aberta. Nenhum pedido de desculpas, nem qualquer comunicado sobre o acontecimento.
O tênis, no entanto, foi enviado corretamente.

O correto é sim, reclamar de produtos que não satisfaçam o prometido pelo fabricante. Entrar em contato.
Para a empresa, resta prestar atenção no mercado e principalmente em seus consumidores. Porque se ela não faz o que se compromete a fazer, o concorrente faz, mesmo se a marca for consolidada. É importante entender, concomitantemente, que os efeitos sempre são a curto, médio e longo prazo e ninguém fica ileso desses prazos.
Mais importante ainda é evidenciar a política de comunicação da empresa e fazê-la valer, custe o que custar.

Você "acha" que investe em comunicação?

Para aqueles que "acham" que investem em comunicação, é de salivar a quantidade de investimentos dos partidos políticos em preparativos de ano eleitoral.

O PT aumentou seu investimento em 42%.
O PSDB, 50%.
Já o PMDB, analisando o crescimento de seu partido, aumentou seu investimento publicitário em surpreendente 152% se comparados os anos de 2008 e 2009.

Leia matéria do Correio Braziliense aqui.

Engana-se quem pensa que os partidos políticos não são empresas. Para entender, faça uma releitura desse tipo de organização e note como tudo se encaixa. Porém, o fluxo do dinheiro é muito diferente das corporações tradicionais. Eis o pulo do gato.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

IBGE dá a luz

Pra quem não tem dinheiro ou simplesmente tempo pra realizar pesquisas, o IBGE é uma fonte barata e rápida para traçar estratégias. É claro que o IBGE não fornece gratuitamente pesquisas específicas e profundas.

Mas dá uma olhada:

42,9% dos brasileiros passam mais de três horas na frente da televisão.
10,2% dos brasileiros são considerados ativos no lazer, mas a prática de exercício físico está relacionada com o rendimento das famílias.
16% dos brasileiros usam como deslocamento para o trabalho a bicicleta ou a caminhada.
17,2% dos brasileiros acima dos 15 anos fumam.
27% dos brasileiros não usam cinto de segurança.

quarta-feira, 31 de março de 2010

As proporções da Comunicação

A Locaweb publicou em seu blog corporativo, no último dia 28, um post dedicado a proporções indevidas que uma brincadeira "de roda de amigos" (leia-se Twitter), envolvendo Alex Glikas, diretor comercial da Locaweb, pegou muito mal após as belas palavras: “Vamos LOCAWEB!!!!!!!! Chupaaaaaa bambizada!!!!!!!!TIMÃO eoooooo!!!!!!!” depois do jogo São Paulo (3) x Corinthians (4).
Ao explodir a bomba, o twit virou “Parabéns São Paulo e parabéns Corinthians pelo belo clássico!”. Apagaram a foto do perfil, removeram o Bio, e em tuits seguidos: “Minhas sinceras desculpas à torcida e ao time do SPFC. No calor do clássico, o torcedor tomou conta do profissional. Não acontecerá de novo.”

Mas será que clientes e fornecedores de fato leem blogs corporativos? E mais: são eles satisfeitos pelos serviços da empresa?

Leia a postagem.

O melhor mesmo é adotar uma política de comunicação para redes sociais. O bom senso ainda vale ouro.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Hora do Planeta 2010


Vale registrar os que participaram da Hora do Planeta 2010:

Itaú
McDonald's
Unilever
Walmart
Coca-Cola
Dupont
HSBC
Shareton Hotel
Sol Melia
TIM
Vivo
Grupo Abril
Santander

Monumentos das cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Manaus, Rio Branco e Belém também tiveram suas luzes apagadas. Bem como institutos, como o Butantã e o MAM.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Converse All Star - parte 2

A Converse All Star enviou um vale postal para o envio do tênis, que fora lavado de acordo com instruções no site da empresa/marca e acabou completamente manchado.

Após uma semana de envio, e nenhuma notícia, a reclamante solicitou informações a respeito de seu tênis. A resposta foi para que ela escolhesse um novo tênis porque aquele já saiu de linha. A moça fez conforme o solicitado e escreveu, no mesmo e-mail, um logo texto pedido de explicações sobre o que aconteceu com o tênis, querendo manter um relacionamento mais próximo com a empresa/marca.

A resposta foi simples e clara: "Muito obrigado por escolher seu tênis. Estaremos enviando".

Este case retrata o pecado da Comunição das empresas de todos os setores no Brasil. É triste ver comportamentos como este, sem o menor comprometimento com o sentimento do consumidor com a marca, sem nem mesmo permitir uma aproximação, uma criação de fidelidade.
São erros sobre erros que não só entristecem, mas frustram. Do que adianta investir em propraganda, blog, twitter, investir em patrocínios e promoções se não há de fato olhos para quem tem poder de compra? E o pior é que não há processos de gestão de comunicação de forma alguma. Não conseguem ver além do que já têm. Não conseguem nem pensar a longo prazo. Coitados... e poderiam lucrar muito. Muito!
O fato é que a boa Comunicação ainda é pura fantasia.

Agora, é esperar se realmente o tênis escolhido pela consumidora chegará conforme o solicitado.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Converse All Star

Bom, esta é uma história real.

Um belo dia uma moça ganha de presente um par de calçados da linha Good & Evil da All Star. A linha consiste em um pé branco e outro, vermelho.
Na primeira lavagem do calçado, o vermelho mancha-se por completo. O branco aparentemente solta cola.

A atitude da consumidora é, então, entrar em contato com o SAC da Converse, contando que seguiu todos os procedimentos de lavagem segundo o site do fabricante.

A Converse manda um e-mail para a moça, perguntando se há interesse no envio do tênis para "análise". A resposta foi positiva e logo enviada uma autorização postal.

Estou no aguardo de notícias. Veremos como a empresa se comporta nesse caso. Até agora, a Converse mostrou-se prestativa... Mas como não conheço a política de Comunicação da empresa, este caso é interessante de ser acompanhado.

- Posted using BlogPress from my iPod Touch.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

E a Matrix ressurge

Surpresa pra mim? Reformularam e já lançaram o site da Matrix Internet? Estão querendo me derrubar...
No final do ano passado, escrevi este post. Fui novamente dar uma olhada no site da Matrix e me deparei, boquiaberto, com um site totalmente reformulado. Web 2.0 puro. E mais: serviços revolucionários, de surpreender mesmo. Lan-house de telefonia? Como funciona isso?

Além disso, a Matrix voltou a figurar no Anuário Info Exame das 200 maiores empresas de Tecnologia do Brasil.
E agora.. percebe como a comunicação é fundamental?


sábado, 6 de fevereiro de 2010

Planejar, planejar, planejar!

Na arrumação da casa hoje, encontrei uma revista de dezembro/janeiro, que trouxe, na capa, chamada principal sobre planejamento para 2010. Confesso que dei uma olhadela na revista, mas não cheguei a ler por falta de tempo - infelizmente não gozei de férias no período das festas de fim de ano, como a maioria dos brasilienses e cadangos funcionários públicos.
Pois bem. Trata-se da revista N Respostas, publicação bimenstral da N Produções , responsável, inclusive, por diversos eventos para as áreas de Administração e Comunicação estratégica.

O assunto Planejamento é uma pauta que não deve morrer, nunca. Na vida ou no trabalho, sem planejamento fica realmente mais difícil fazer acontecer o que se almeja. Embora a publicação tenha aproveitado o assunto para a virada do ano, é necessário relembrar que o planejamento deve ser frequente; não apenas na virada de um ano, mas quinzenal, trimestral, semestral ou quantas vezes for necessário dependendo da área de atuação da empresa.
E quando falo em Planejamento, é bom levar a ideia do pensar no curto, médio e longo prazo. Produto, marca e até a nossa vida funciona desta forma.



Trago aqui 5 passos que a revista anteriormente citada levanta em um pequeno infográfico na sua página 11, da mais nobre importância:


1. IDENTIFIQUE O SEU MELHOR MERCADO
Não se trata de (re)posicionamento de marca ou produto. Perceba: i-den-ti-fi-que. O caminho inverso é a segmentação de mercado. Mas não estou falando sobre isso.
Sabemos que o mercado GLS tem tomado uma potência assustadora em poder de compra atualmente. Já pensou nesse nicho de mercado como um profissional da área deve pensar? Nas grandes cidade, e posso citar Brasília, a quantidade de homossexuais é responsável por grande parte do giro financeiro de produtos e serviços da região.

2. MAPEIE A CONCORRÊNCIA
Sempre! Não ignore o fato do seu concorrente abrir "a lojinha da esquina aos domingos" - que me perdoem os politicamente corretos, mas todo mundo trata a concorrência desta forma.
Por que as vendas da marca concorrente sofre menos oscilação em um período de 6 meses do que a sua? Saiba tudo sobre a concorrência.
E mais. Nunca caia na besteira de dizer que você não tem concorrência. Todo mundo tem concorrentes, diretos e/ou indiretos.

3. CRIE METAS
As metas nada mais é que um passo anterior ao objetivo. Não vá querendo alcançar os objetivos em uma semana de trabalho. Oportuno lembrar que para o alcance das metas (e objetivos), deve-se por em prática ações que de fato direcione para tal fim.

4. FORTALEÇA O ESPÍRITO DE EQUIPE
A comunicação interna de uma empresa pode até não atingir a excelência, mas deve funcionar de forma substancial para o bom andamento do planejamento.

5. COLOQUE TODO O PLANEJAMENTO NO PAPEL
Nada melhor que anotações. Quem trabalha com eventos sabe da importância de um check list . Resumindo em uma palavra: organização.

Nem pense em levar isso como um guia. Não existe guia para planejar. É estudo mesmo e uma pitada de ousadia e bom senso.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Coca-cola e o Haiti

Ainda sobre o Haiti, alguém viu o que a Coca-cola Brasil fez? Comprou espaço em horário do Fantástico, na TV Globo, para dizer que irá anunciar menos na televisão e destinar a verba de propaganda ao Haiti.

Ao mesmo tempo que a marca mostra seu lado social, fazer auto-promoção pode parecer oportunismo. Esse tipo de ação da Coca é de muita valia sim, mas é preciso cuidado, muito cuidado.

Não menos importante que ajudar o Haiti é ajudar as cidades brasileiras que sofreram com as chuvas, principalmente no Rio Grande do Sul, no estado de São Paulo, no Rio de Janeiro e no Norte.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

iPhone salvando vidas

Acompanhado os sequenciais terremotos no Haiti pela CNN, acabo de ver que um americano chamado Dan Woolley, ao ficar soterrado no terremoto naquele país no dia 12 de janeiro, teve a ajuda de um aplicativo que tinha baixado no iPhone sobre primeiros socorros para sobreviver.

O aplicativo chama-se "Pocket First Aid & CPR", produzido pela Jive Media.

Existe oportunidade melhor pra projetar marca e produto?