quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Toyota ou Nagoya, TV Globo?

O blog do Mauricio Stycer noticia uma gafe de localização da TV Globo por conta de transmissão do jogo do Santos no Mundial Interclubes, no Japão. Nada que uma atualização no GPS não resolva!
Conta o escriba que a Globo ignorou a cidade de Toyota, local onde foi realizada a partida entre Santos e Kashiwa Reysol, e noticiou o evento, em vários momentos, como realizado na cidade de Nagoya.

Toyota é uma cidade 30 km a leste de Nagoya, com população de 423.343 habitantes em Julho de 2011. A história da cidade vai de encontro com a empresa automotora Toyota, que é, também, patrocinadora do Mundial Interclubes. Sugere Mauricio que um conflito comercial foi a causa da "lambança" por parte de colegas do jornalismo da TV Globo. Cléber Machado até teve chance (e muitas) para corrigir o equívoco de informação, mas preferiu a pérola da Escola Galvão Bueno: "Em ritmo de Natal, mas um Natal brasileiro, no estádio em Nagoya no Japão." O estádio chama-se Toyota Stadium, Clébão!

(foto: UOL Fotos c/ montagem - Robinho é entrevistado por Cléber Machado no intervalo do jogo do Santos x Kashiwa Reysol)

É mesmo difícil imaginar outra razão para a gafe senão o posicionamento comercial...

Nessas horas é que me pergunto: no que se baseia a Comunicação que a TV Globo tanto "vende" com suas normas de conduta (ética, ou coisa que o valha)? Seria mesmo a informação? Ou pura e simplesmente cifras e audiência?
Pode ser tudo isso, e infelizmente, a olho nu, vejo cada vez menos transparência, e cada vez menos esforços para uma sociedade evoluída e bem informada.

Além disso, foi-se a época em que todo mundo acreditava apenas no que aparecia na televisão. E a TV Globo parece ainda não saber disso.

sábado, 19 de novembro de 2011

Google: novas mídias, nova publicidade


O Google lançou o Rede de Display. Trata-se de uma nova ferramenta inteligente para anúncios, que integra o já conhecido sistema AdWords.
Na prática, virtualmente, o serviço sugere a extinção da figura do Mídia em certos tipos de campanha. Mas não se engane: o profissional de mídia continua sendo importantíssimo tanto para a planejamento estratégico, quanto para a gestão da verba publicitária.
O diferencial torna-se válido para campanhas online e offline, otimizando tempo e possibilitando uma análise de resultados em tempo satisfatório.

Vale a pela conferir, mesmo se para você, ou sua agência, o serviço muito pouco ou quase nada interessa.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Bem-vindo ao mundo de... Marlboro?!

Mesmo que você nunca tenha fumado, é muito provável que você já tenha ao menos ouvido falar dos cowboys do Marlboro. Homens do campo vestidos como peões boadeiros, desfilando trejeitos de um típico caipira americano no melhor estilo Velho Oeste e sempre fumando cigarros de filtro vermelho.
Foi essa a ideia que a Philip Morris aprovou.

Leo Burnett em pessoa foi o grande responsável pela criação do "mundo de Marlboro". Isso em 1960. A associação da marca com cowboys iniciou-se, pasmem, 1954. Pasmem mais: o Marlboro apareceu no mercado em 1924, 30 anos antes, sendo uma mulher a garota-propaganda (e em foto, nada de desenhos...
Boa herança para uma memória institucional, não é? Todavia, não vejo memória institucional útil quando se trata de uma empresa fabricantes de cigarros.

clique na imagem para ampliar.


O assunto instigou minha curiosidade quando me deparei com a matéria The Men Of Marlboro, publicado na revista American Cowboy, bimestre Outubro/Novembro, disponível gratuitamente (a matéria) no aplicativo Zinio.
Vale a pena conferir, até, que a Harley Davidson já produziu um filme com um dos "homens de Marlboro", enquanto outros cowboys faleceram ao longo do tempo, justamente por causa da imagem enganosa e misteriosa da marca de cigarros.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Governo Federal vs. Hope


VT #1


VT #2


VT #3


Até meados deste mês, viraram notícia muito comentada na mídia eletrônica e impressa as atitudes da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), da presidência da República, na tentativa de proibir a veiculação da campanha Hope Ensina, da marca de lingerie Hope nas emissoras de televisão brasileiras. Gisele Bündchen aparece vestida de calcinha e sutiã interpretando um estereótipo de mulher objeto dando uma "notícia ruim" ao marido/namorado.

Uma Secretaria (
que, cá entre nós, marca o feminismo exacerbado e até desnecessário da presidenta Dilma Roussef) criada para um fim tão nobre, não deveria exercitar o ócio tentando censurar a mídia.
Nos últimos dias, diga-se de passagem, até uma novela global, outrora atacada pela mesma SPM tem respondido em alto e em bom som, o que tal órgão deveria estar fazendo: preocupar-se com maridos e companheiros que violentam, psicologicamente e fisicamente, suas esposas e companheiras em seus próprios lares.

Bom, a reclamação da SPM contra a Hope foi julgada na última semana pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar
). O resultado: por unanimidade, o pedido de suspensão de veiculação da campanha publicitária foi negado. Resultado óbvio. A própria relatora do caso no Conar, em seu voto, considerou que a campanha estava baseada "em estereótipos comuns da sociedade brasileira, facilmente reconhecidos pelos consumidores".
Da decisão, ainda cabe recurso judicial. Mas a SPM, por meio de nota, informou que não irá recorrer.
Ora, um pingo de bom senso deve ter caído por lá!

Acredito que este seja um dos vários problemas do Brasil, em meio a demagogias de progresso e crescimento. Pouca gente consegue colocar-se no lugar e de fato analisar o que se passa diante de seus olhos. Para uma análise crítica, basta a informação e o próprio censo crítico social. Não sei se o pessoal da Secretaria sabe o que de fato é propaganda... O Conar tem meu respeito.

A campanha se agarra no que se chama de papel fundamental da propaganda; chamar a atenção do potencial consumidor. O que vale é quebrar a expectativa. Na maioria das vezes, para lograr resultados animadores, é necessária uma boa dose de humor. O que nem sempre é feito de forma muito inteligência. Como diz aquela frase feita no meio publicitário: "É mais fácil fazer o pessoal chorar do que rir."
Mas a presidência da República é séria! Tão séria, que parece não ter discernimento para diferenciar o grave, do leve; a brincadeira, do sério.
Seria mesmo o caso de se submeter ao ridículo de entrar com pedido de suspensão de veiculação da campanha no Conar por acreditar que os VTs realmente degrada a imagem das mulheres? E as mulheres? O que acharam da campanha? Acharam-se ridículas por não serem como a Gisele Bündchen?

Vou além. Amamos nossas namoradas, esposas e companheiras como elas são. Não somos tão imbecis em fazer comparações com a Gisele. Se isso fosse, lá estaríamos fazendo fila na porta da casa da modelo.

Por favor, ministra
Iriny Lopes e demais senhoras do Governo Federal, levem nosso país mais a sério.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Gatekeepers no Agenda-setting da imprensa brasileira

A revista Carta Capital traz em seu site entrevista com a doutora Patrícia Bandeira de Melo, que lança por agora, seu livro, fruto de seu doutorado, Histórias Que a Mídia Conta: O discurso sobre o crime violento e o trauma cultural do medo.

Em linhas gerais, a autora aborda o problema das coberturas jornalísticas como fator de imposição de medo na sociedade e questiona, nas entrelinhas, a questão da corrida pela audiência. Para ela, um dos problemas é o que se propõe, no jargão jornalístico, a suíte do fato.

Penso que se houver, de repente, uma mudança de ponto de vista dos setores de comunicação nas organizações, a tese de Patrícia pode ir por água abaixo. Apesar do campo de ciências sociais em que trabalha, e o campo das ciências sociais aplicadas em que a Comunicação Organizacional se situa, existe um elo tênue entre a sociologia e a comunicação. Explico: a cultura é onipresente, mas a comunicação tem a capacidade de transformar essa cultura. Não me refiro à cultura em sentido estrito, mas em sentido lato, amplo, a cultura de comportamento.

Vou tentar defender o que penso: como exemplo na entrevista de Patrícia à Carta Capital, a doutora expõe o caso do massacre em Realengo. No meu ponto de vista, a secretaria de comunicação da prefeitura do Rio poderia ter agido, nas suítes (matérias posteriores aos acontecimentos sobre o mesmo assunto), no sentido de mostrar que o Estado possui responsabilidades civis quando na posição de garante (ok, talvez eu não tenha sido feliz neste exemplo, mas acho que consegui evidenciar o papel de responsabilidade social do órgão público) e mais: evidenciar à audiência o que está sendo realizado pelo Estado de maneira a minimizar futuros acontecimentos correlatos.

Na prática de nosso cotidiano, não se trata de um tema tão fácil de ser abordado devido a sua abstração. A iniciativa planejada dos assessores de imprensa e de imagem demanda um espaço de tempo superior à velocidade dos fatos e acontecimentos. O papel do pauteiro pode prevalecer, por possuir exatamente a variação tempo em seu favor (quanto mais rápido e mais diversa a pauta, melhor), e principalmente diante dos acordos políticos que todos sabemos que existem entre a mídia e a política.
Assim, é evidente que nenhuma cultura é transformada de forma tão rápida. Mas de algum modo devemos começar, para que a mídia não faça nossos filhos crescerem trancados em um apartamento rodeado de tecnologias por serem mais "seguras", comportamento de euforia do medo que a mídia pode causar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Hot Shop: o que é? como faz? para quê?

O termo parece nome de loja americana do varejo. Mas Hot Shop na verdade é um modelo de agência criada no final dos anos 90 com uma dinâmica diferenciada das tradicionais agências de propaganda.
Entre algumas diferenças, estabelece-se uma maior aproximação do atendimento com o cliente, tanto como a quebra do modelo rígido de departamentos. Para isso, é necessário que a equipe seja enxuta. Uma das principais missões é reinventar a mídia. Quer um exemplo? Os hot sites (promocionais, com tempo limitado) foram criados pelas hot shops.

Em praças de grandes mercados e investimentos, é comumente observada a contratação de hot shops para a execução de parte de um projeto planejado por outra agência ou pelo departamento de Comunicação da empresa. Geralmente, também, a carteira de clientes é muito bem selecionada. Até mesmo porque um modelo diferenciado precisa de ter processos igualmente diferenciados.

Há que se situar no cenário macro econômico diante de tudo isso.
Devido ao panorama pós crise de 1998, começou a ser possível (e menos caro) realizar atividades que até então se encontravam apenas no exterior. Nos anos seguintes, até hoje, houve e ainda há uma ascenção nas balanças comerciais de algumas empresas-chave para a economia do país, principalmente devido ao fortalecimento do Real no governo Fernando Henrique Cardoso.
Ficou então mais viável investir em marketing, principalmente de entretenimento. A internet também foi fator eminente nesse período de mudanças. Começaram a aparecer eventos aqui e ali... Free Jazz, Skol Beats, Rock In Rio e outros.

Para suprir a demanda e até posicionar segmentos de marcas é que surgiram as agências hot shops, com estrutura de ponta e profissionais especializados em design e web. A criação ficou mais ousada nessas agências, nasceram novas mídias como o celular e a própria internet, redes sociais e gadgets cada vez mais personalíssimos. É evidente, também, que o próprio público alvo das peças criadas por uma hot shop é diferenciado, sendo minuciosamente estudado.

Tudo isso faz parte de uma evolução natural da Comunicação. Numa dessas, pode ser que no futuro a maioria das agências seja hot shops.


terça-feira, 3 de maio de 2011

"Twitter Mood" - a reinvenção do Twitter

A edição de hoje no jornal americano USA Today trouxe uma matéria interessante a respeito de uma nova ferramenta utilizada por negociantes de Wall Street em busca de lucro (mais uma de tantas). E por incrível que pareça, a mina de ouro está no Twitter, aliada à linguística.

É que um estudo da Universidade de Indiana mostrou uma forte relação entre o "estado de espírito" (mood) de milhões de pessoas e a média da bolsa Dow Jones. A partir de desenvolvimento de algoritmos e softwares capazes de processar essas informações foi possível prever a queda ou alta na Dow Jones de três para quatro dias, com acerto de 86,7%.

Based on academic research at Indiana University, here is a snapshot of how measuring the public mood by analyzing Twitter tweets can be translated into an investment strategy:

1. Capture daily tweets.
2. Analyze tweets with mood-measurement tools.
3. Determine mood content of tweets (i.e., “positive” vs. “negative” or “calm” vs. “anxious”).
4. If mood is positive or “calm” readings jump, buy stocks, because Dow is likely to rise three to four days later.
5. If mood is negative or “calm” readings plummet, sell stocks, because Dow is likely to fall three to four days later.

(IU study showed 86.7% accuracy rate in predicting the direction of the Dow three to four days later.)

Source: USA TODAY research


A coisa parece tão séria, que foi criado há não muito tempo o site TweetTrader.net.
Mas deixo os detalhes para os economistas explicarem melhor.

O que me chamou a atenção é a percepção de um novo foco de estudo sobre as massas. Se você reparar o que está acontecendo neste evento, você irá se deparar numa lógica: um lugar virtual onde milhões estão falando sobre diversos assuntos, de forma heterogênea, mas que, de acordo com a sua vontade, podem tornar-se homogênea com uma simples busca. É possível monitorar o que os seus consumidores e os da concorrência dizem. Basta realizar uma pesquisa (sem pesquisa, pouca coisa anda). E mais rápido do que se pensava, podemos ter novos conceitos de público e massa e redescobrir como nos relacionar melhor com esses públicos.

Enfim, o Twitter, assim como outras redes sociais e comunidades virtuais, ainda vai mudar o jeito como lidamos com as pessoas, seus pensamentos e vontades, e principalmente o jeito de manter uma comunicação eficiente. Além disso, permita-se a ver quantas outras coisas pegam carona: atendimento, planejamento, responsabilidade social, sustentabilidade, vendas, fidelização dos públicos...

Pelo que se vê, o tempo de ligar para os clientes avisando novidades na loja já passou, e muitos empresários insistem. O mundo está mudando. A Comunicação também.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Como lidar com crianças

O Bluebus noticiou ontem o fato de Noah, um menino de 5 anos, que enviou uma carta e uma nota de US$ 1 para o canal de televisão PBS. Na carta, o garoto pede a criação de um novo programa chamado Super Heroes To The Rescue.

Devido à alta audiência infantil, por causa do PBS Kids, faixa infantil, a emissora decidiu então criar um hotsite para Noah.
No site, uma mensagem diretamente para Noah: "Querido Noah: obrigado pelo seu dólar. Ficamos feliz em saber que você gosta muito do PBS KIDS! A boa notícia é que temos dois shows de super heróis que achamos que você irá adorar Super Why! e WordGirl. Com carinho, PBS KIDS".

É simples as medidas tomadas pela PBS para lidar com uma carta de uma criança de 5 anos. Felizmente, desta vez foi diferente do caso de Harry Winsor, de 8 anos, que relatei aqui no blog. Naquele caso, o garoto enviou um desenho sugerindo um novo modelo para a Boeing e recebeu uma carta completamente fora da expectativa de uma criança nesta idade.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

Doações para a Região Serrana do Rio de Janeiro

A Cruz Vermelha de Brasília está recolhendo doações que serão encaminhadas a sede do Rio de Janeiro para ajudar as vítimas da Região Serrana.

Endereço: SCLRN 715 Norte, Bloco C, Loja 28.
Tel: 61-3361-6904/3248-0250

Doações de:
- água;
- comida para consumo IMEDIATO (miojo, biscoitos, enlatados, leite em pó etc);
- velas;
- produtos de higiene pessoal (há muita falta de absorventes femininos);
- roupas
- sapatos.

E a hora não é a mais oportuna para alto-promoção. Sua empresa será reconhecida no momento certo. Por agora, devemos apenas ajudar.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cara nova?

Estive pensando em remontar o layout do blog. Faz mais de um ano que aqui escrevo e tenho percebido que o local está um tanto poluído visualmente e bem fora dos novos padrões eletrônicos da Internet.

Vou caçar um tempinho na agenda e brincar um pouco com isso.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Rio 2016

Momentos antes da virada do ano foi apresentado o logotipo dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Tal bem ficou guardado em uma sala secreta com código biométrico de acesso. Agora divulgada, surge a polêmica: plágio?

Deixo a imagem.



O Bluebus diz que a inspiração veio do quadro "A Dança", do francês Matisse.




E aí? O que acham?