quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Hitler é popular na Índia

Quem diria? Uma das figuras mais odiadas no Ocidente é uma das mais populares no Oriente. Mais precisamente na Índia.

Diz a Galileu: Baseados em algumas teorias, dois artigos da imprensa internacional tentam explicar por que Hitler é tão popular na Índia. Uma das hipóteses defende que o país nunca teve um líder carismático. A outra, se baseia no fato de que Hitler enfraqueceu a Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial, o que levou o exército a deixar o território indiano voluntariamente. Segundo um artigo da BusinessWeek, os indianos são mais propensos a adorar heróis. Muitos estudantes de negócios veem Hitler como um "homem carismático que... fez algumas coisas."

Algumas marcas que utilizam a imagem do ditador: Odina, Dinodia Photo Library, uma associação de pacientes com câncer, Casper, Comfort, HP, Luxor (premiado) e Audiobook India (premiado).

Leia a matéria completa da Revista Galileu aqui.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Brasília tem esquinas? ou Despedida ignorante a Niemeyer

Os desafios do labor diário fizeram com que eu deixasse o blog um pouco de lado, mas me dou ao luxo de uma pausa para um momento que não pode ser esquecido.


O Brasil perdeu mais um importante cidadão que foi Oscar Niemeyer. Notório, não é necessário prever que sua despedida do mundo terreno será pauta em todos os telejornais e demais programas e documentários.

Indo ao que interessa, está na edição 18.902 (hoje) do jornal Correio Braziliense.
O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou nota de falecimento de meia página a Oscar Niemeyer. Sem querer entrar no mérito político/eleitoreiro, a nota de pesar foi um desrespeito com a população do Distrito Federal e com o próprio Niemeyer. Talvez tenham conseguido enfurecer Lúcio Costa lá no céu.
Afinal, meia página de "anúncio" em um jornal como o Correio não deve sair por menos de R$ 5 mil em página ímpar, no primeiro caderno.
A mensagem é tocante, bonita e inacreditável... (clique na imagem para ler). Mas será que o assessor de comunicação mora em Brasília? Fica a dúvida. Se morar, devia estar dormindo quando recebeu a notícia e se viu obrigado a escrever qualquer coisa para sair no jornal, sem a menor vontade de trabalhar. Perdão a sinceridade, mas para ser assessor de comunicação de órgão governamental da importância do Executivo distrital é necessário ser impecável.


É uma pena a falta de atenção/respeito tanto da assessoria de comunicação do GDF quanto do próprio GDF, que aprova um texto escorregadio como esse. E torra dinheiro sem o menor compromisso.

Ah, já ia me esquecendo: NÃO EXISTE ESQUINA EM BRASÍLIA!

CONHEÇA TODO O TRABALHO DE OSCAR NIEMEYER NO ARTSY!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Falta bom senso no Marketing Político

Não, na propaganda política não vale tudo. A priori, na política, tudo é, ou deveria ser, bem melhor pensado e planejado para a vitória de um candidato, em igualdade ao sucesso de uma ação de comunicação em sua totalidade: market share, top of mind etc.

Todos lembram da menina que denunciou irregularidades na escola em Florianópolis, Santa Catarina, certo? Isadora Faber, 13 anos, utilizou o Facebook para denunciar diversos problemas na escola pública onde estuda(va), montando o Diário de Classe. A menina ganhou notoriedade após ser pauta em diversos programas jornalísticos e matérias em jornais impressos. Pois bem.

O candidato do PSD à prefeitura de Florianópolis, César Souza Júnior (Foto: Jessé Giotti/Agência RBS), filho do apresentador e político César Souza - pra quem não sabe, César Souza (pai) é como Celso Russomano em São Paulo - utilizou imagens da menina em sua campanha eleitoral na televisão sem autorização. Segundo a mãe da garota, os profissionais que cuidam da campanha do candidato entraram em contato por três vezes, sendo todas as propostas recusadas. Mesmo assim, parece nada impediu o uso das imagens.
Aliás, não há motivação político-partidária na criação e manutenção do Diário de Classe, de acordo com a família da menina.

Na Folha: "A assessoria de imprensa do candidato diz que foram tomados todos os cuidados para evitar a exposição, inclusive borrar a imagem de Isadora na página do Facebook e que apenas repercutiu denúncias públicas."

A questão que levanto não é a de que o candidato está certo ou errado em usar as imagens.
Veja bem: assim como existe o Conar, Procon e outros órgãos de fiscalização de propaganda e consumo, deveria haver uma fiscalização de ofício mais rigorosa nesses casos. Sabemos da existência e papel do juiz eleitoral, mas o que impressiona é a falta de bom senso dos profissionais do marketing político.

Quando se cuida de uma marca, percebe-se uma diferença grotesca. Afinal, trabalha-se com dinheiro privado, ou no máximo, misto, envolvendo lucros significativos para qualquer organização, bem como sua reputação, imagem e outros valores agregados - há a necessidade de uma política de comunicação muito mais bem definida. No caso dos partidos políticos, é de conhecimento geral o acúmulo de montantes denominado "caixinha", ou "caixa dois", para pagar multas na Justiça Eleitoral. Esta, por sua vez, deveria ser pautada por uma lei mais ativa e menos passiva, ainda agindo sobre o princípio constitucional da legalidade, reforçando o princípio da oficialidade.

Vale a reflexão para que a ética e o bom senso profissional possam, um dia, mudar os ventos da Comunicação segmentada, ora observada como chorume.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Avenida Brasil

 
Mais interessante do que saber quem matou o Max na novela Avenida Brasil foi observar os movimentos das ações de Comunicação no horário nobre da TV Globo.

Várias marcas apostaram em merchandising durante todos os oito meses de novela, o que não é de se estranhar nas novelas globais. Houve, inclusive, inúmeros anúncios de oportunidade, em mídia imprensa, como o do Extra oferecendo pen-drive para a personagem Nina.
O mais esperado capítulo, o último, foi fenomenal em audiência: 58 pontos. Segundo os telejornais da emissora, o Brasil parou para ver este capítulo. A fórmula do sucesso? Bem, a trama conseguiu fazer um mix muito bem feito de comédia, traição, sexo, suspense, crime, terror, ou seja, tudo o que o brasileiro ama.

Mas os patrocinadores da novela patinaram.
Com tal montante de audiência, não houve movimentação alguma, como há nos Estados Unidos em época do SuperBowl - a grande final do futebol americano, por exemplo, onde o espaço comercial na televisão chega a custar milhões de dólares e grandes VTs publicitários são produzidos com não menos verdinhas. O comercial do último capítulo de Avenida Brasil foi dominado principalmente pelo Faustão e Procter & Gamble. Enquanto outras marcas fortes na novela como KIA, Lupo, Koleston, Nextel, Itaú não fizeram nada, nenhum VT especial em homenagem à novela, atores ou aos seus telespectadores. Ao invés, preferiram pagar até R$ 1,8 milhão para merchandising do que R$ 500 mil pelo espaço, dando brecha para investir ao menos R$ 1,3 milhão na produção de uma peça que saltasse os olhos (igualando o valor de inserção do merchan). Enfim, perderam uma grande oportunidade de dar mais visibilidade do que se teve com merchandising!

Se você não está entendendo o que quero dizer, aqui vai um exemplo de VT de oportunidade, feita pela Vivo:

Murilo Benício (Tufão) em "Vivo Sempre Internet. Entendeu"?

Enfim, não dá pra entender a mentalidade das agências/clientes que preferem inserir merchandising a fazer filmes brilhantes. Não que tenhamos que imitar os americanos, mas convenhamos, quem nunca procurou no YouTube os comerciais exibidos no SuperBowl? Talvez um pouco da culpa deve ser da inércia, ou melhor, da falta de "inovação de ideias" nas agências. Ao meu ver, parece que a publicidade ensaia uma inovação, mas tem medo.

A Gilette (P&G), em parceria com o Instituto Ayrton Senna, trouxe José de Abreu (Nilo) ao Hotel Windsor Barra para tirar a barba do personagem no projeto "Barba do Bem". O cachê do ator não foi divulgado, mas o Instituto recebeu parte dele: R$ 200 mil. Infelizmente o vídeo tem algumas partes sem áudio.
 
Fotos: Divulgação

Outros detalhes sobre a novela Avenida Brasil:
  • Todos os comerciais foram vendidos dois meses antes da exibição do último capítulo.
  • A receita total da novela: R$ 2 bilhões.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

National Coffee Day e as profissões que mais bebem café



A editoria Carreira do site da Revista Exame republicou agorinha uma pesquisa feita pelo Career Builder em parceria com a gigante de rosquinhas Dunkin' Donuts, aproveitando o Dia "nacional" (americano) do Café, lembrado em 29 de Setembro.

A pesquisa traz ranking dos "10 profissionais que mais bebem café".

Vejamos:

1- Profissionais da área de alimentação
2- Cientistas
3- Representantes de vendas
4- Relações Públicas/marketing
5- Enfermeiros
6- Jornalistas e escritores
7- Executivos
8- Professores
9-  Engenheiros
10- Profissionais de TI/administradores de rede

Quando eu trabalhava em redação de jornal diário, há 5 anos, lembro de uma regra na Redação: o primeiro que chegasse fazia o café. Confesso que sempre tive a impressão do pessoal de Comunicação estar no topo da lista. No entanto, lembro que esta pesquisa reflete o comportamento de profissionais americanos.

Vou ali encher minha caneca!