quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Governo Federal vs. Hope


VT #1


VT #2


VT #3


Até meados deste mês, viraram notícia muito comentada na mídia eletrônica e impressa as atitudes da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), da presidência da República, na tentativa de proibir a veiculação da campanha Hope Ensina, da marca de lingerie Hope nas emissoras de televisão brasileiras. Gisele Bündchen aparece vestida de calcinha e sutiã interpretando um estereótipo de mulher objeto dando uma "notícia ruim" ao marido/namorado.

Uma Secretaria (
que, cá entre nós, marca o feminismo exacerbado e até desnecessário da presidenta Dilma Roussef) criada para um fim tão nobre, não deveria exercitar o ócio tentando censurar a mídia.
Nos últimos dias, diga-se de passagem, até uma novela global, outrora atacada pela mesma SPM tem respondido em alto e em bom som, o que tal órgão deveria estar fazendo: preocupar-se com maridos e companheiros que violentam, psicologicamente e fisicamente, suas esposas e companheiras em seus próprios lares.

Bom, a reclamação da SPM contra a Hope foi julgada na última semana pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar
). O resultado: por unanimidade, o pedido de suspensão de veiculação da campanha publicitária foi negado. Resultado óbvio. A própria relatora do caso no Conar, em seu voto, considerou que a campanha estava baseada "em estereótipos comuns da sociedade brasileira, facilmente reconhecidos pelos consumidores".
Da decisão, ainda cabe recurso judicial. Mas a SPM, por meio de nota, informou que não irá recorrer.
Ora, um pingo de bom senso deve ter caído por lá!

Acredito que este seja um dos vários problemas do Brasil, em meio a demagogias de progresso e crescimento. Pouca gente consegue colocar-se no lugar e de fato analisar o que se passa diante de seus olhos. Para uma análise crítica, basta a informação e o próprio censo crítico social. Não sei se o pessoal da Secretaria sabe o que de fato é propaganda... O Conar tem meu respeito.

A campanha se agarra no que se chama de papel fundamental da propaganda; chamar a atenção do potencial consumidor. O que vale é quebrar a expectativa. Na maioria das vezes, para lograr resultados animadores, é necessária uma boa dose de humor. O que nem sempre é feito de forma muito inteligência. Como diz aquela frase feita no meio publicitário: "É mais fácil fazer o pessoal chorar do que rir."
Mas a presidência da República é séria! Tão séria, que parece não ter discernimento para diferenciar o grave, do leve; a brincadeira, do sério.
Seria mesmo o caso de se submeter ao ridículo de entrar com pedido de suspensão de veiculação da campanha no Conar por acreditar que os VTs realmente degrada a imagem das mulheres? E as mulheres? O que acharam da campanha? Acharam-se ridículas por não serem como a Gisele Bündchen?

Vou além. Amamos nossas namoradas, esposas e companheiras como elas são. Não somos tão imbecis em fazer comparações com a Gisele. Se isso fosse, lá estaríamos fazendo fila na porta da casa da modelo.

Por favor, ministra
Iriny Lopes e demais senhoras do Governo Federal, levem nosso país mais a sério.

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