Uma importante empresa faz obras para aumento de espaço em seu estabelecimento aqui em Brasília. Durante um dia relativamente tranquilo de trabalho, um operário sofre um acidente e morre. Há desespero na assessoria de imprensa - que aliás, é constituída de pessoas extremamente experientes: e agora? O que fazer? Abafar o caso?
Comentaram o assunto comigo e logo respondi o que seria mais correto. Relacionamento com a imprensa é sempre complicado! É inacreditável a quantidade de pessoas despreparadas e até líderes dispostos a dar entrevistas; simplesmente há muita gente que não sabe se comportar diante de uma entrevista, sem nem saber o que dizer, seja em qualquer meio de comunicação.
Quando um fato envolve morte, há duas possibilidades de se lidar com a imprensa: ou abafamos o caso e concentramos esforços para que o acontecido não se espalhe, ou então somos transparentes e falamos prontamente com a imprensa explicando o ocorrido de forma mais plausível possível, e de preferência, sem rodeios. Abafar escândalos só é bom ao Paulo Maluf, e se envolver propinas, pior ainda. Mas ser transparente e claro pode salvar o seu emprego e salvar a imagem da companhia. Bem aquela máxima: se leva séculos para conseguir se posicionar na mente do consumidor e cinco segundos para pôr tudo a perder.
Pelo menos ouviram minha sugestão. Está no obituário do Correio Braziliense de hoje.
Saber disso é de grande valia. Caso aconteça com a sua empresa, é bom que alguém saiba.
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