quinta-feira, 9 de julho de 2009

Memória institucional

Com vocês, o professor da ECA/USP, presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE) e autoridade na área de Comunicação Empresarial, Paulo Nassar:

(14h54) Paulo Nassar:
Boa tarde, amigos.

(14h57) Paulo Nassar:
A responsabilidade histórica que é um conceito para onde convergem as outras responsabilidades corporativas não é um modismo, é uma tendência, que se consolida porque está ligada ao processo de legitimação das ações organizacionias.

(14h57) Paulo Nassar:
Os trabalhos com memória empresarial, principalmente por meio da coleta de depoimentos de vida, desenvolve o sentimento de pertença de públicos importantes para uma empresa como empregados, comunidade, fornecedores, pesquisadores, entre outros. Protegendo a organização dos efeitos da crise de confiança nas organizações e em seus gestores, que existe na sociedade moderna. A confiança nasce também do pertencimento. E a confiança é aquilo que melhora as relações entre a organização e as pessoas.

(15h00) Paulo Nassar:
É preciso considerar também que temos um enfraquecimento das formas tradicionais de relações públicas e comunicação organizacional, que são baseadas na utilização de mídias tradicionais e eventos, que não têm interatividade, são geralmente mídias baseadas em fluxos descendentes de informações, “o manda quem pode, obedece quem tem juízo”. O depoimento de vida, o processo de coleta deste tipo de depoimento, é colaborativo, é dialógico.

(15h02) Paulo Nassar:

Sem dúvida, o fortalecimento da memória empresarial fortalece as relações da organização.

(15h03) Paulo Nassar:
Memória é reputação. É, ao final, aquilo que é expressão final da cultura, da identidade e da imagem organizacional.

(15h04) Paulo Nassar:
Os centros de memória organizam as mediações entre a organizção a sociedade, voltadas para a memória e a história empresarial

(15h05) Paulo Nassar:
Os centros de memória e tudo aquilo que organiza e preserva o conhecimento podem andar juntos. Mas os focos de trabalho são diferentes.

(15h06) Paulo Nassar:
A utilização da história empresarial como processo de comunicação organizacional e relações públicas está sendo valorizada porque dignifica os receptores do processo de comunicação, que passam a ser protagonistas da comunicação e não mais objetos passivos

(15h06) Paulo Nassar:
A utilização da história e da memória empresarial cria novas interdisciplinaridades entre relações públicas, comunicação, história e outras disciplinas das ciências sociais aplicadas. Logo a memória empresarial é um espaço antropológico, carregado de simbologias e marcas organizacionais e pessoais. São lugares contra os não-lugares. Os não-lugares, como são vistos por Marc Auge. Ou seja espaços desprovidos de história, de identidade. De certa forma, a história e a memória empresarial valoriza o homem.

(15h07) Paulo Nassar:
Os não-lugares, como são vistos por Marc Auge. Ou seja espaços desprovidos de história, de identidade. De certa forma, a história e a memória empresarial valoriza o homem social, o homem psicológico e não apenas o homem e a sua dimensão econômica.

(15h09) Paulo Nassar:
As percepções sobre os Centros de Memória e Referência estão se definindo. Poucos ainda os percebem como ligados a gestão da reputação e do conhecimento. Uma dimensão bacana também está ligada à experimentação de marca.

(15h10) Paulo Nassar:
Muitas vezes, a pecepção está centrada no aspecto celebrativo da organização.

(15h11) Paulo Nassar:
O Centro de Memória e Referência deve fornecer imputs para as decisões organizacionais. Isto acontece quando ele é concebido dentro de uma visão de gestão do conhecimento.

(15h13) Paulo Nassar:
O futuro mostra que o gestor desses espaços deve ser cada dia mais culto. Deve ser capaz de estabelecer inúmeras interfaces nos campos das ciências sociais aplicadas e das tecnologias de informação, por exemplo.

(15h14) Paulo Nassar:
A sensibilização vem com muito trabalho pela frente. Com o estabelecimento de indicadores de resultados.

(15h15) Paulo Nassar:
A construção desses indicadores é uma meta da ABERJE, de curto, médio prazo. Venham trabalhar com a gente na construção desses indicadores.

(15h15) Paulo Nassar:
Quem investe em História e Memória Empresarial são grandes empresas, a maioria de origem nacional.

(15h17) Paulo Nassar:
O maior desafio é vencer a cultura mecanicista que existe dentro das empresas, que, quase sempre, reduzem as ações dentro de uma visão utilitarista.

(15h18) Paulo Nassar:
A história e a memória empresarial devem ser vistas como processos de fortalecimento das relações da empresa com a sociedade, mercados, comunidade, empregados, entre outros. Como elemento fundamental na gestão do conhecimento e da cultura organizacional, e, também, como processo ligado a reputação da organização, de seus produtos, marcas,...

(15h21) Paulo Nassar:
A universidade está atrasada em relação ao campo da História e Memória Empresarial. Este campo é metahistórico, metacomunicacional. É híbrido, mestiço, quanto a formação de seus profissionais. É claro que os historiadores devem estar entre os gestores desses trabalhos. Mas de forma inclusiva, democrática,...


Retirei do chat promovido pela Fundação Bunge. Muito bom.

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